segunda-feira, 24 de março de 2014


                                            

                   D. FREI, O ARCEBISPO SANTO

               Comemoram-se esta ano os 500 anos do nascimento de Frei Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas.
               É uma figura particularmente grata aos vianenses que o consideram um santo, tanto pela dedicação aos pobres, viúvas e órfãos vianenses, como por lhe serem atribuídos milagres, segundo a biografia escrita por Frei Luís de Sousa, alguns comprovados por várias testemunhas.
                 Não é tanto a figura de taumaturgo  que me atrai enquanto escritor mas sim o seu despojamento perante as mundanidades da vida e a sua dedicação aos deserdados da fortuna. Há na sua integridade e frontalidade que me atrai. Sempre se assumiu como pastor e em alguns dos seus escritos, que foram muitos, insurgia-se contra os luxos clericais que abundavam por essa cristandade fora.
         Assim, comprometi-me comigo mesmo, escrever uma tetralogia dramática centrada na figura de d. frei Bartolomeu naquilo que ele mais me atrai. A tetralogia terá o nome D. Frei, o Arcebispo Santo e será composta pelos seguintes originais:
        1º " Uma vida para lá dos outros" - que relata o último ano de vida do arcebispo, com flash-backs que nos vão remetendo para alguns acontecimentos do  seu passado.
        2º "A inoportuna perseverança" - centra-se na oposição feita pelos párocos e pelo próprio cabido de Braga, à vontade de d. Frei implementar os preceitos reformadores do concílio de Trento
        3º "Pergunto-vos, se valeu a pena" - É uma interrogação que atravessa toda peça. Perante o avanço e carecimento do luteranismo e depois do Calvinismo, d. Frei interroga-se, mas sem nunca duvidar do caminho que percorreu
        4º "As vozes pobres" - os lamentos, pedidos, afirmações que d. frei foi ouvindo ao longo da sua vida.
             A primeira peça está praticamente terminada, ficando nos próximos tempos em banho- maria. quanto às outras vou pedir a mão de d. frei para que eu possa ter saúde mental e vida para levar a cabo esta decisão.~
           Não deixa de ser curioso que sendo eu um agnóstico assumido e sem dúvidas me tenha apaixonado por esta figura de missionário, tão entregue à caridade e ao amor dos outros.
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. Amigo Orlando, não te esqueças de ler também «D. Frei Bartolomeu dos Mártires» de José Caldas. E já agora, a polémica que CAMILO teve com o jornal «O Bracarense». Ah! e já agora, não que te esqueças que a grande obra de Fr. Luís de Sousa é «reformada em estilo & ordem, & ampleada em sucessos & particularidades de nouo achadas» de um original de Fr. Luís de Cácegas.

    ResponderEliminar
  2. Ah, e ainda, do Mestre AQUILINO, «Dom Frei Bertolameu».
    Abraço.
    David

    ResponderEliminar