futuramente, Judite
(a todas as mães que o são, apesar de)
a zoeira da morte
alberga-se na alma perplexa
atordoa, suprime
atolados corpo e alma num poço de vermes
anuncia-se o fim da viagem
futuramente, Judite,
não mais a ambrósia filial
o teu corpo sem o corpo
o ingrato Julho dos demónios
a dar-te a beber o fel da vida
a morte,
essa morte que a todos chama
(em chama)
é isto mesmo,
uma emboscada fatal e fortuita.
Sem comentários:
Enviar um comentário